quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

II ENCONTRO DO GESTAR II - 1º DIA

2º ENCONTRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUE ATUAM DO 6ª AO 9ª ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL



PROFESSORA FORMADORA: Marinalva Lucas Raimundo da Silva
LOCAL: 3ª Diretoria Regional de Educação – DIRED/Nova Cruz-RN
DATA: 11 e 12 de agosto de 2009
CARGA: 16h/a HORÁRIO: 08h às 17h

TEMÁTICAS: Leituras e Processos de Escrita I – TP4/AAA4;
Estilo, Coerência e Coesão – TP5/AAA5.

OBJETIVOS:
Sistematizar conceitos e práticas de letramento objetivando a qualidade do processo de ensino e aprendizagem da Leitura e Produção Textual;
Recursos Estilísticos e as Relações Lógicas nos Textos.


MENSAGEM


“Escrevemos contra a nossa própria solidão e a solidão dos outros.


Escrevemos, na realidade, para as pessoas com cuja sorte ou azar nos sentimos
identificados.


Os que comem mal, os que dormem mal, aos rebeldes desta terra,

e a maioria deles não sabem ler.”


(Eduardo Galeano)





No dia onze de agosto de dois mil e nove, desenvolvemos o segundo encontro de formação continuada com professores de Língua Portuguesa que atuam do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Os participantes foram recepcionados com a exposição de slides contendo as fotos do encontro anterior; na seqüência, entregamos a cada um o desenho de uma mão contendo a estrofe de um poema de Madalena Freire. Após a leitura feita por uma cursista, foi solicitado que todos de mãos dadas cantassem a música de Nando Cordel “ PAZ PELA PAZ.” Dando continuidade, realizamos a leitura da pauta e a leitura do Diário de Bordo. Em seguida, a turma foi dividida em dois grandes grupos para discutirem e identificarem pontos positivos e negativos, em comum, ocorridos com a aplicação da atividade Avançando na Prática – TP3, executada em sala de aula.
As apresentações das ações realizadas com o Avançando na Prática tiveram início com os professores da E.E. prefº José do Carmo dos Santos, que se propuseram a trabalhar a seqüência tipológica ( pág. 124) através das músicas “O Gênio” de Roberto Carlos para tratar da narração, “Cenário de Amor” de Flávio José para a descrição e “Comida” de Exaltassamba na dissertação. O segundo grupo estava formado pelos docentes das Escolas Estadual Dr. Manoel Dantas e Diógenes da Cunha Lima, que aplicaram em sala de aula descrição de objeto (pag. 109) utilizando fotos e respaldando as falas com o relato da atividade vivenciada. O terceiro grupo envolveu as Escolas Estadual Dom Joaquim de Almeida e Júlia Alta de Oliveira, e também, desenvolveu o Avançando na Prática (pag. 109) descrição de objeto tecendo comentários sobre os pros e os contras na realização da atividade citada. O quarto grupo da E.E. Dr. Hélio Barbosa de Oliveira, fez uma leitura do relato da atividade (pag. 124) sobre seqüência tipológica envolvendo descrição e narração através de fotografias de uma lagoa poluída, onde se trabalhou os problemas ambientais de forma transversal e interdisciplinar. O quinto grupo da E.E. Belmira Lara selecionou o Avançando na Prática (pag. 31) e apresentaram duas diferentes formas de organização textual, uma mais rígida que é o Verbete de Dicionário e outra da maior flexibilidade que é o Provérbio. O sexto grupo, composto por profissionais das Escolas Estadual Ocila Bezerril, Carlos Gomes e E. do Ingá, trabalhou o Avançando na Prática (pag. 172) desenvolvendo atividades de Produção Textual confeccionando livrinhos com poemas e poesias que estimulou a veia poética dos alunos. O sétimo grupo formado pelas Escolas Dr. Pedro Velho e Profª Maria Ocila Bezerril, trabalhou a subclassificação do Gênero Poético: Cordel (pag. 84). O último grupo foi o da E.E. Prof. Joaquim Torres que trabalhou o Gênero Biografia (pag. 25) e relatou o quanto essa atividade emocionou o corpo docente da escola, pelo fato de se tratar da historia de vida dos discentes, que se encontravam todos os dias na escola, mas fora daquele espaço viviam em um mundo desconhecido para os seus mestres.
Ao termino das apresentações, podemos concluir que as atividades realizadas em sala de aula a partir do Avançando na Prática – TP3 proporcionaram uma ampla compreensão sobre Gêneros Textuais e Seqüência Tipológica, bem como uma maior socialização dos conhecimentos adquiridos pelos alunos com o uso das situações sociocomunicativas.

A tarde houve um momento de descontração com a escuta da música “Forró do Professor” que estimulou uma boa discussão, favorecendo muitas gargalhadas. Na seqüência, assistimos ao Filme: “Saber e Sabor” aonde vieram à tona várias indagações do tipo: O que é educar? O que é escola? E a boa educação? Essas indagações foram respondidas através de depoimentos, vivenciados pelos próprios professores, dos quais algumas frases citadas chamaram mais a atenção: “O principal desafio é levar o aluno a pensar”, “A boa educação começa em casa, mas o que observamos é que a partir dos anos inicias os pais já não conseguem impor limites aos seus filhos”, “A escola tem o objetivo de formar a pessoa humana para que esta possa exercer sua cidadania, mas como trabalhar isso? Muitas vezes os alunos não estão interessados.” As falas seguintes giraram em torno da importância e do papel que o professor tem na vida do aluno; chegando-se a conclusão de que as ações do docente, sejam positivas ou negativas, são bem marcantes, pois podem transformar o aluno em um cidadão com um futuro brilhante ou não. Outros pontos discutidos foram: a importância da autocrítica, a relação do gosto e desgosto do aluno com a disciplina e com o professor. Surgiram ainda, vários comentários de experiências vivenciadas em sala de aula que tinham como tema: a violência e a agressividade; foi então, que todos se reportaram ao artifício do diálogo como um método adotado mais eficaz.
No terceiro momento foi realizada a atividade da mão. Todos os cursistas receberam uma mãozinha de cor diferenciada onde iriam se juntar pela cor da mão formando grupos de trabalho, cada grupo responderia a seguinte questão:


Como podemos conceituar Leitura, Alfabetização, Cultura, Escrita e Letramento?


Nas apresentações dos grupos, podemos observar que os conceitos apresentados sobre os temas referentes à questão abordada eram bem semelhantes, vejamos:

Os conceitos de Letramento e Alfabetização estão intimamente interligados. O ser humano não necessita ter o domínio do código lingüístico (signos) para “Ler e Compreender” o mundo, a partir da aquisição dos mecanismos lingüísticos ele apropria-se da “Leitura” do código, e conseqüentemente da “Escrita”. No entanto, os níveis de leitura de um indivíduo são influenciados pelo acesso a “Cultura” (meio Social) em que ele estar inserido, quanto mais favorável for esse acesso, maior será a compreensão de mundo deste indivíduo e, obviamente, seu poder de modificá-lo.

Leitura
é uma associação do conhecimento de mundo e a decodificação dos sinais gráficos;


Alfabetização
é o processo da aquisição da leitura e da escrita;

Cultura
conjunto de conhecimentos de um povo: crenças, valores, tradição, etc;

Escrita
domínio e utilização dos sinais gráficos;


Letramento
é o conhecimento mais amplo das práticas sociais utilizando-se da leitura e escrita.


Para consolidar os conhecimentos a respeito da questão elencada a formadora apresentou, através da exposição dialogada, as unidades: 13 e 14 que trazia como tema: Leitura e Processos de Escrita – TP4, sugerindo que os cursistas vissem as pags. 167 e 168 – fazendo referencia ao filme: Escritores de Javé.
Para finalizar as atividades do dia sobre “Leitura e Processos de Escrita” fomos para o Ampliando Nossas Referencias, através do seguinte questionamento:


Somos todos letrados nesta sala?
ou
Vivemos em um país letrado?



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